sábado, 26 de dezembro de 2009

Muda Mundo. Mudo!

Esses dias parei pra pensar na vida. Fiz uma análise de tudo que passei. Horas, dias, meses, anos. Percebi que cada hora foi uma história, cada dia uma alegria, os meses foram lições, e os anos mudanças. Sorri, chorei, caí, aprendi, mas acima de tudo vivi. E vi que sou como qualquer coisa. Feito de estações. Passei um inverno triste, cinza e amargo. Quis lutar contra o tempo e a verdade. Chorei. Me culpei! Quis que o frio passasse. Entretanto, quando parei de pensar no frio consegui me aquecer. Consegui esquecer. Não que não me importe mais com você. Apenas cresci. Deixei de projetar meus sonhos em alguém. Na real, acho que ao te perder acabei me encontrando. E sem perceber passei a ver flores. A vida desabrochou frente aos meus olhos como um botão de rosa. Quando esqueci do inverno, a primavera veio me abraçar. E depois de ter passado a estação cinza vi que não foi um período de luto. Foi antes vida. Vida que me ensinou a ser eu. Renasci! Tudo na vida é assim. O tempo sabe o que faz. O grande problema é querer que o tempo acelere. O grande problema é pensar que outros devem realizar os nossos desejos. Agradeço hoje, por ter te conhecido. Sou grato por contigo ter vivido. E acredite, enquanto fomos nós foi intenso, foi vida. Mas não vivo mais o nós. Aprendi a viver o eu. Agradeço pelo tempo, pelas gargalhadas, pelos beijos, pelas histórias e até pelas brigas que me ensinaram a viver. Agradeço acima de tudo porque você foi um passo a mais na minha história. Mas passou. Não sei se volta. Não sei nem se deve voltar. Por hora estou completo. Assim, só. Sou inteiro. Falo com sinceridade. E espero realmente que eu tenha sido algo mais que lembrança e pranto pra você. Mas entenda que o verão vai chegar e outras estações virão. E se for pra sermos nós mais pra frente, que seja, mas agora não. Vive você de um lado e eu do outro. Não sinto falta de ter perdido um romance. Sinto falta de ter perdido uma amiga. Mas cada um pensa como quiser não é mesmo? Bom é isso! Sentado aqui na frente da tela, pensando na vida, e escutando musica romântica. HAHAHA irônico não?!

Mas to aqui lembrando e sorrindo. E vendo que hoje não seria a mesma coisa, pois sou outro. Como poderia a história ser a mesma se são outros personagens? Até mesmo a musica já não é triste. Bom, espero que você consiga se encontrar também. Só depois de ter encontrado a mim mesmo é que me vejo capaz de encontrar alguém. Abraços e até uma próxima conversa que não seja virtual como essa, mas que seja tão sincera quanto. Felicidades para mim e pra você!

Sei Lá

Imagina só,como pude eu,
logo eu que nunca fui disso,
gostar tanto assim de alguem ??
puta coisa mais estranha,
meio que corrói a entranha.
arde no inicio e arde no final
a principio queima de tanto calor,
cheio de fulgor e rima com amor.
já no final queima de rancor
e como se existisse uma flecha
o peito grita agonizando de dor.
Como pode um mundo cheio de cores
de estrelas num céu sem teto
que reluziam fazendo amores
acabar num rabisco de branco e preto?
Será que é mesmo sensato
fechar os olhos e seguir pelo tato?
eu que com vc só conhecia alegria
sem te ter passei a ser melancolia
mas esse mundo dá muita volta
as vezes passa por cima da gente
faz de tudo, gera uma revolta
o tempo passa e vc nem sente
e então meio que de repente
a ideia repercute na mente
quem dera eu fosse por espaço
e então pudesse morar na lua
quem dera eu fosse feito de aço
e largasse o coração pra viver na rua

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Nostalgia Tardia

Nostalgia.
Quem diria que um dia
tanta melancolia se apresentaria
Na forma de poesia?

Saudosa,
por vezes gostosa,
mais vezes ainda dolorosa,
me fazendo até mesmo
escrever versos em prosa.

Lembrança
Que me traz a mudança
daquela noite de dança
e cheio de esperança
o coração não descansa.

Tristeza
Coisa que não se põe na mesa
fico a esperar a luz da sala acesa
Amar certamente não é coisa coesa
Sofrer porém é sempre certeza.

Pra que então amar?
Se mesmo antes de tentar
O coração sabe que vai sangrar.

Sentir o quanto é bom simplesmente existir

Entre viagens e devaneios ele soube que queria ser diferente, simplesmente. Questionou a sua sociedade e suas regras. Queria ao menos estar longe, sem deixar de estar dentro. Pensou naquilo que desejava se tornar e, num surto meio que sem saber, olhou o imenso e soberano céu acima de si que parecia cada vez mais perto. Entendeu que queria ser tudo, ao mesmo tempo que desejava não ser nada. Pensou então em desfazer-se em muitas partes, mas viu que lhe agradava mais ser inteiro. Desejava correr, voar, ser. Queria ser livre, impalpável, importante, incomparável. Decidiu, assim depois de muito colorir que queria ser vento. Só assim poderia ele brincar de soprar os cabelos dela como se sussurrasse ao seu ouvido. Só assim poderia tocar seus lábios de forma singela, e preencher tudo que nela fosse ausência.Por inteiro. E acordá-la todas manhãs ao abraçá-la como leve brisa. Seria pura essência, sem forma, sem palavras, sem cor nem sabor. Tinha dentro de si a vontade de amar, mas sendo vento não sabia sentir, sabia apenas existir.

A Vida em "V"s

Todavia, tudo é uma via.
Será que te vejo hoje como outrora via?
Vejo que o vento vem vindo e com ele voo além da vida.
Vida essa, que vai sendo vivida e esquecida.
Então vai! vivendo, varrendo e vazando.
Você, eu e o vento.
Vento vulgo sopro.
Vacilante como um vulto 
Verdade que a vida vem e vai,
Vai saber se vivemos de verdade ou se vivemos de vontade...
Vontade talvez seja só a metade da vida que é vivenciada.
Pode até ser que vivamos em vão.
Vontade temos então, de preencher tal vazio.
Logo se vão.Vivendo. Cada um sua verdade.
Baseado em sua vontade. Vendo o mar verde.
Ouvindo o vento uivar.
Vivemos todos. Vagabundos, velhos, e viúvos.
Vivendo, sendo, voando e cantando.
Cada qual com o seu valor.
Várias viagens velozes eu faço.E ao redor desse mundo, vago.
Variando, escrevendo. Vejo que venho e vou, tenho e sou.
Violo a verdade que me foi dita.
E me vem a pergunta:
Será possível com veracidade co-mo(ver) a cidade?
Nem me dou conta e lá se vai a idade.
Volta então pra mim vida que se esvai pelos vãos dos dedos.
Vivo, viro-me e volto.
Vivendo. Vasculhando verdades e envelhecendo.
Vagando, andando e pensando.
Se pra escrever poesia, me inspira apenas um "V",
O que escreveria se o que me inspirasse fosse "VOCÊ"?